É tão bom que quem ajuda os outros, vive mais. A pesquisa é da Universidade de Michigan. Durante cinco anos, os pesquisadores acompanharam 423 casais, com mais de 65 anos. Conclusão: aqueles que fazem algum tipo de filantropia têm 60% menos chance de morrer do que aqueles que não fazem. O motivo? Quem ajuda aos outros sente menos stress...
Em consequência, a auto-estima e a saúde melhoram.... O Fantástico entrevistou, no Brasil, idosos que fazem algum tipo de caridade. Vejam o que eles dizem.
Fausto Carvalho, um advogado de 69 anos, resolveu cumprir uma tarefa : visitar regularmente uma escola para cegos. O advogado diz que ao ler para os cegos se sente como se estivesse emprestando os olhos para eles...
"Porque eu vejo naqueles rapazes e naquelas moças uma vontade enorme de ser alguém na vida com todas as dificuldades que eles têm. Eles fazem cursos, eles fazem concursos, eles fazem vestibulares", explica o advogado
"O Fausto tem sido uma pessoa muito importante aqui no nosso meio. Ele tem nos ajudado bastante não só a mim como a outros companheiros também", relata Edson Lopes, auxiliar de radiologia e deficiente visual.
Fausto decidiu ajudar os cegos depois que perdeu uma filha que também fazia este trabalho voluntário.
"O que eu faço é uma coisa tão gratificante para mim, eu fico tão recompensado que eu acho que a pesquisa está certa quando dizem que as pessoas vão viver mais, aquelas que contribuem de qualquer forma vão viver mais", acredita o advogado.
Quem vê Dayse Agra falando em público não imagina como ela já foi tímida. A timidez acabou quando ela entrou para o grupo "Pela Vidda", que ajuda as pessoas que têm Aids.
"Foi uma mudança radical. Eu achava que vinha porque eles me pediram para ajudar, e foi justamente o contrário. Eu é que fui ajudada", relata Dayse. "Muitas vezes eu pintei o rosto, fui também com o rosto sem ser pintado, para fazer a passeata pedindo remédio pra Aids. E nós conseguimos, então foi uma vitória muito grande. Hoje eu tenho 70 anos e não me acho com essa idade, que eu faço tudo que eu tenho vontade de fazer, coisa que eu não ia fazer isso nunca se eu não tivesse vindo pra cá", fala.
Aos 19, 20 anos elas estão começando a realizar o sonho de muitas jovens. Mas se não fosse a experiência das professoras... Todas são voluntárias. aprenderam a desfilar, já idosas, com o dono do curso. Agora, elas é que ensinam.
"Isso para mim é gratificante, porque eu estou ali vendo aquilo que eu aprendi numa idade avançada, que eu não pude aprender mais nova, entende?", finaliza a professora Luzi Pinheiro, voluntária.