Cintilografia
 
 Cintilografia em Processos Inflamatórios e Tumorais
 
1 - Cintilografia com Gálio 
 
 Radiofármaco: Gálio 67 (67Ga-citrato de gálio). 
 As imagens são realizadas de 24 a 48 horas após a administração endovenosa do radiofármaco, nas incidências anterior e posterior do corpo inteiro. Quando há interesse na visualização de estruturas abdominais é recomendado o uso de laxantes prévio a realização das imagens. 

 O gálio comporta-se como análogo ao ferro e após sua administração é transportado por proteínas séricas, principalmente ligado a transferrina. A hipercaptação observada em alguns tumores e processos inflamatórios se deve ao aumento de aporte sanguíneo, alterações de permeabilidade vascular e extravasamento de proteínas ligadas ao gálio, assim como a presença de receptores de ferro e transferrina nestes sítios. 

 As principais indicações do método são a localização de processos inflamatórios ou tumorais e a avaliação de atividade inflamatória ou tumoral em órgãos sem alterações anatômicas ou com alterações sequelares. Outros marcadores inflamatórios e tumorais de introdução mais recente incluem os leucócitos, anticorpos policlonais e anticorpos monoclonais radiomarcados. 

 Aplicações clínicas 

 Processos tumorais 

 Linfoma: A sensibilidade do método é maior para o linfoma de Hodgkin, linfoma não Hodgkin tipo histiocítico e linfoma de Burkitt; principalmente quando em topografia extra-abdominal. A cintilografia avalia a infiltração tumoral e não apenas a dimensão dos linfonodos, complementando o estadiamento inicial e controle pós rádio ou quimioterapia feito pelos demais métodos de imagem. 

 Hepatocarcinoma: A dificuldade de diagnóstico diferencial entre o hepatocarcinoma e lesões pseudotumorais (áreas de regeneração e fibrose) em cirróticos justifica o emprego da cintilografia nestes pacientes, na qual se demonstra acentuada captação de Gálio em superposição à área de hipocaptação de enxofre coloidal no mapeamento hepático convencional. 

 Outras indicações incluem o estadiamento de melanoma e a avaliação de acometimento ganglionar por carcinoma broncogênico. A sensibillidade descrita para outras linhagens tumorais é variável, sendo discutível a indicação do método. 

 Processos inflamatórios 

 Pulmonar: O método permite a detecção de atividade inflamatória em patologias pulmonares como tuberculose, blastomicose, pneumoconiose, cujo padrão radiológico pode não fazer a distinção entre processo ativo ou sequelar. O acometimento pulmonar por colagenoses, fibrose pulmonar idiopática, pneumonite química (ex: amiodarona), pneumocistose e outros processos intersticiais, por vezes de pequena repercussão anatômica, são diagnosticados precocemente. Estudos sequenciais podem ser utilizados no controle evolutivo ou avaliação de resposta terapêutica. 

 Abdominal: Indicado em pacientes com suspeita de processo infeccioso abdominal porém sem dados localizatórios, assim como em pacientes impossibilitados de realizar ultrasom e tomografia computadorizada ou nos quais estes se mostraram negativos. 

 Ósteo-articular: O estudo com Gálio é utilizado na investigação de processo infeccioso superposto a patologias que acarretam aumento do ritmo de remodelação óssea, nas quais a cintilografia óssea com MDP não é conclusiva. 

 Outros: O método pode ser empregado na localização de foco em febre de origem indeterminada, detecção de abscessos, nefrite, etc.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2 - Imunocintilografia 
 
 Radiofármaco: Anticorpos monoclonais marcados com tecnécio-99m ou índio-111. 
 Não é necessário preparo. As imagens da área de interesse são adquiridas geralmente de 4 a 24 horas após a administração de anticorpos marcados, sendo estes anticorpos específicos para antígenos presentes na patologia a ser investigada. 

 Aplicações clínicas 

 Tumores: Os anticorpos monoclonais em uso clínico são dirigidos principalmente ao melanoma maligno (anti-P97), carcinoma de cólon (anti-CEA) e de ovário (anti-CA19-9). A principal indicação é a identificação de metástases e envolvimento ganglionar pelos referidos tumores, principalmente quando em localização extra-hepática ou após manipulação cirúrgica ou radioterápica. 

 Processo inflamatório: Anticorpos monoclonais anti-granulócitos são empregados para marcação in vivo de leucócitos, além disto anticorpos policlonais marcados podem também ser utilizados na detecção de processo inflamatório. 
 
3 - Cintilografia com Leucócitos marcados 
 
 Radiofármaco: Leucócitos marcados com 99mTc-HMPAO (hexametilpropilenoaminoxima). 
 Não é necessário preparo. Os leucócitos são separados de amostra de sangue do próprio paciente, marcados com composto lipofílico capaz de atravessar a membrana celular (99mTc-HMPAO) e reinfundidos no paciente. A captação do radiofármaco no foco inflamatório é decorrente dos mecanismos de quimiotaxia e diapedese dos neutrófilos. 

 Aplicações clínicas 

 A cintilografia com leucócitos marcados tem alta sensibilidade e especificidade na detecção de focos infecciosos. Uma de suas principais indicações é o diagnóstico de osteomielite associada a fraturas ou cirurgias, situação que reduz a especificidade de métodos radiológicos e da própria cintilografia óssea. Outros processos infecciosos sem boa delimitação anatômica ou superpostos a outras patologias também podem ser avaliados, incluindo abscessos abdominais, infecção de próteses vasculares, doença inflamatória crônica intestinal (colite auto-imune).

 
 
 
 
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