É fundamental compreender este mecanismo, pois as
células sangüíneas estão circulando por todo
o corpo, desde a raiz de um cabelo, até dentro do olho, do cérebro,
pulmões, coração e de todos os órgãos
internos. Estas aminas vasoativas liberadas principalmente pelos linfócitos
T e macrófagos (células de defesa) podem tanto causar um
bronco-espasmo (asma) como uma dor de cabeça (alergia
cerebral).
As reações imunológicas são extremamente
complexas e pouco compreendidas até o momento. Além das reações
celulares temos uma infinidade de reações químicas
com a participação de proteínas (anticorpos), enzimas
(catalisadoras e biodigestoras), gorduras, hormônios, íons
(sais), gases (oxigênio, gás carbônico) que variam de
acordo com o nível de acidez do sangue (pH), a pressão arterial,
as emoções e tantos outros fatores que seria exaustivo listá-los.
Enumero os passos a seguir com vista a uma compreensão genérica:
1 - Um antígeno (substância ou organismo
estranho, potencialmente agressor) é identificado pelas células
de defesa do sangue (linfócitos T).
2 - Esta identidade física, química e funcional
é transferida para a medula óssea (linfócitos
B) que constrói anticorpos (proteínas) especialmente
desenhados para desativar o antígeno.
3 - Estes anticorpos são colocados na corrente sangüínea
em proporção exponencial à freqüência
com que os antígenos são identificados (tendo como base a
quantidade destes anticorpos pré-existentes).
4 - Quando os anticorpos encontram os antígenos, desativam-nos,
ligando-se a estes através de reações químicas
estáveis, formando o complexo antígeno-anticorpo.
5 - Estes complexos são identificados pelas células
de defesa (macrófagos) que os envolvem e os digerem quimicamente.
6 - Esta digestão desmancha a própria célula
de defesa que se transforma em material purulento ou catarro.
|