Gênesis 37
1, 2,
3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, 10,
11, 12, 13, 14,
15, 16, 17, 18,
19, 20, 21, 22,
23, 24, 25, 26,
27, 28, 29, 30,
31, 32, 33, 34,
35, 36
1 ASSIM JACÓ
tornou a fixar residência na terra de Canaã, onde o pai dele
tinha morado.
2 Veja agora as coisas
que aconteceram a Jacó: José estava com dezessete anos. O
trabalho dele era pastorear os rebanhos com os irmãos dele. Como
era muito jovem, ia junto com os filhos de Bila e de Zilpa, mulheres de
Jacó. Quando voltava do campo, José contava ao pai as coisas
más que eles faziam.
3 Ora, José
era o filho preferido de Israel, porque nasceu quando o pai já era
muito idoso. Certo dia José ganhou do pai um fino traje, com belos
bordados.
4 Os irmãos
ficaram odiando José, porque notaram que Jacó dedicava mais
amor a ele. Já não conseguiam falar amigavelmente com José.
5 Uma noite José
teve um sonho, que contou aos irmãos. Ele ficaram com mais raiva
dele ainda.
6 Nas palavras de
José, o sonho foi assim:
7 “Vejam só!
Sonhei que nós estávamos colhendo trigo. Quando estávamos
amarrando os feixes, o meu feixe ficou parado em pé. E não
foi só isso. Os seus feixes rodearam o meu e se inclinaram
diante dele!”
8 Os irmãos
responderam: “Você está querendo dizer que vai ser nosso rei?
Ou que vai mandar em nós?”
9 José contou
aos irmão outro sonho que teve. Disse ele: “Sabem? Sonhei que o
sol, a lua e onze estrelas se inclinaram diante de mim.”
10 O pai estava
junto e ouviu o sonho. Repreendeu José por isso, dizendo: “Ora,
que significa isso? Que sonho é esse? Então você acha
que eu, a sua mãe e os seus irmãos vamos Ter de nos inclinar
na sua frente?!”
11 Os irmãos
ficaram com inveja de José. Jacó não esqueceu esse
acontecimento. Guardou o caso no coração, e ficava meditando
nele.
12 Um dia os irmãos
de José levaram o rebanho do pai a Siquém, para dar pasto
aos animais.
13,14 Enquanto
estavam por lá, Israel chamou José e disse: “Os seus irmãos
estão em Siquém, ando pasto ao rebanho. Vá lá
ver como estão eles e o rebanho. Depois venha cá me dar as
notícias de como vão.” José obedeceu e partiu do valo
de Hebrom para Siquém.
15 Quando estava
procurando os irmãos pelos campos, um homem apareceu por ali. “Que
é que você está procurando?” perguntou ele a José.
16 “Procuro meus
irmãos e o rebanho que estão pastoreando,” respondeu José.
“Você sabe onde eles estão?”
17 “Sei,” disse
o homem. “Já não estão aqui. Ouvi quando falavam que
iam para Dotã.” José foi para lá e encontrou os irmãos.
18 Mas quando ia
chegando perto de onde estavam, eles viram que vinha vindo e decidiram
acabar com ele!
19,20 “Lá
vem o sonhador!” exclamaram. “Vamos dar cabo dele e deixar o corpo num
desses poços. Depois diremos ao pai que José foi morto por
um animal selvagem. Então veremos em que vão dar os sonhos
dele!”
21,22 quando
Rúben ouviu o plano dos irmãos, pensou num modo de salvar
a vida de José. Disse ele: “Não vamos matar nosso irmão
com nossas próprias mãos! Olhem. Vamos colocar o rapaz neste
poço seco.” Rúben disse isso com a intenção
de libertar José mais tarde.
23,24 Quando
José chegou, os irmãos tiraram a capa colorida dele, e lançaram
o moço no poço seco.
25 Mais tarde, quando
estavam jantando, viram de longe uma caravana de ismaelitas. Ela vinha
de Gileade e ia para o Egito. Os camelos estavam carregados de perfumes,
temperos finos e goma.
26,27 “Vejam!”
disse Judá. “que vantagem teremos em matar o nosso irmão?
Além de ficarmos com a culpa, não teremos lucro nenhum. Tratemos
de vender José àqueles ismaelitas.” Os irmãos concordaram.
28 Assim, quando
os negociantes passaram por ali, José foi vendido a eles por seus
próprios irmãos! Vinte moedas de prata foi o preço.
Feito o negócio, os ismaelitas continuaram a viagem para o Egito,
levando José com eles.
29 Rúben
não estava junto com os irmãos quando os ismaelitas passaram.
Mais tarde ele voltou lá para tirar José do poço.
Quando viu que o rapaz não estava mais no poço, rasgou as
roupas, cheio de aflição!
30 “José
desapareceu! E para onde vou eu agora?!” disse ele.
31 Então
os irmãos mataram um bode, e molharam o traje de José no
sangue do animal.
32 Depois mandaram
a roupa cheia de sangue ao pai, com este recado: “Achamos isto no campo.
Veja se é o traje de José ou não.”
33 Jacó reconheceu
logo o traje. “Sim,” disse ele. “É do meu filho. Vai ver que um
animal feroz devorou o pobre José! Decerto ele foi despedaçado!”
34 E Jacó
rasgou as roupas, e se vestiu com pano grosseiro, chorando por muitos dias
o filho morto.
35 Todos os membros
da família tentaram consolar Jacó, mas em vão. Ele
não aceitou as palavras de consolo. “Vou chorar a morte do meu filho
até morre,” disse ele. E continuou lamentando muito a perda de José.
36 Enquanto isso,
chegando ao Egito, os negociantes de Midiã venderam José
a Potifar, oficial do Faraó – rei do Egito. Potifar era o comandante
da guarda real.