Gênesis 30
1, 2,
3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, 10,
11, 12, 13, 14,
15, 16, 17, 18,
19, 20, 21, 22,
23, 24, 25, 26,
27, 28, 29, 30,
31, 32, 33, 34,
35, 36, 37,
38, 39, 40, 41,
42, 43
1 APERCEBENDO
RAQUEL que era estéril, ficou com inveja da irmã. “Ou você
me dá filhos, ou eu morro!” exclamou ela a Jacó.
2 Jacó ficou
indignado. “Por acaso sou Deus?” disse ele a Raquel. “Ele é que
não deixa você Ter filhos!”
3 Disse Raquel: “Pois
tome a minha criada Bila, e tenha filhos com ela. E eu criarei as crianças
como se fossem meus próprios filhos.”
4,5 Assim
Raquel deu Bila a Jacó. Dessa união, Bila deu um filho a
Jacó.
6 Raquel deu a ele
o nome de Dã, que quer dizer “Juiz”. E disse: “Deus me fez justiça,
escutou a minha queixa e me deu um filho.”
7 Bila, a criada
de Raquel, ficou grávida outra vez e deu outro filho a Jacó.
8 “É grande
a minha luta com minha irmã,” disse Raquel, “e consegui vencer!”
Por isso deu ao menino o nome de Naftali, que quer dizer “Venço
na luta”.
9-11 Enquanto
isso, Lia percebeu que não estava podendo ter filhos. Então
deu Zilpa, criada dela, a Jacó, para ser mulher dele. E logo Zilpa
deu um filho a Jacó. Lia exclamou: “Minha sorte voltou!” E deu ao
filho o nome de Gade, que significa “Boa Sorte”.
12,13 Zilpa
teve outro filho com Jacó. Lia deu a ele o nome de Aser, que quer
dizer “Feliz”. E disse Lia: “Como estou contente! As outras mulheres vão
achar que eu sou mesmo feliz!”
14 Era o tempo da
colheita de trigo. Um dia, Rúben achou mandrágoras que cresciam
nos campos. Rúben levou mandrágoras à sua mãe
Lia. Raquel pediu mandrágoras a Lia.
15 “Além
de você ficar com o meu marido,” respondeu Lia, “vai querer agora
ficar com as mandrágoras do meu filho?” “Se me der mandrágoras,”
disse Raquel, “deixarei que Jacó fique com você esta noite.”
16 Naquela tarde,
quando Jacó vinha voltando do campo, Lia foi ao encontro dele. “Vamos
passar a noite juntos,” disse ela. “É que eu aluguei você
pelas mandrágoras que o meu filho me deu.”
17 Deus respondeu
às orações de Lia, e ela concebeu e teve o quinto
filho.
18 Disse Lia: “Deus
me recompensou porque dei minha criada ao meu marido.” E pôs no menino
o nome de Issacar, que quer dizer “Salário”.
19,20 Lia
tornou a engravidar, e teve o sexto filho. Ela de ao filho o nome de Zebulom,
que significa “Presentes”. Deu esse nome dizendo: “Deus me deu excelentes
presentes, para eu dar ao meu marido! Seis filhos! Com isso ele me honrará
e ficará comigo!”
21 Depois Lia teve
uma filha, que recebeu o nome de Diná.
22-24
Deus se lembrou de Raquel e respondeu às
orações dela – pois ela queria filhos dela mesmo; engravidou
então e teve um filho. Raquel exclamou: “Até que enfim Deus
tirou a mancha do meu nome!” E deu ao menino o nome de José, que
quer dizer “Que Ele acrescente”. Deu esse nome dizendo: “Queira o Senhor
me dar outro filho.”
25,26 Logo
que nasceu José, Jacó disse a Labão que queria voltar
para a casa dele. “Deixe que eu vá para casa,” disse ele. “Deixe
que eu vá e leve comigo as minhas mulheres e os meus filhos. Você
sabe muito bem que eu trabalhei – e como! – para que fossem meus.”
27,28 “Peço
eu não vá embora,” disse Labão. Desde que você
chegou aqui, o Senhor me tem abençoado. Só pode ser por causa
de você! Fique comigo! É só dizer quanto quer receber
de ordenado, e eu pago!”
29,30 Disse
Jacó: “Você bem sabe como trabalhei para você e como
cuidei do seu gado. Basta lembrar como era pequenos os seus rebanhos, e
como são grandes agora. Isso porque o Senhor abençoou você
por meu do meu trabalho. “Agora, pense bem. Quando é que vou trabalhar
para a minha família?”
31-33
“Quanto você quer ganhar?” perguntou de novo
Labão. Jacó respondeu: “Para que eu continue trabalhando
para você, basta que me faça uma coisa. Basta que me autorize
a separar para mim todas as cabras que tenham pintas ou listas na pele,
e todas as ovelhas pretas dos seus rebanhos. Assim será fácil
verificar seu eu estou tirando mais do que tratamos como salário.
Depois, se você encontrar entre as minhas cabras alguma que
não for listada ou pintada, e entre as ovelhas alguma que não
for preta, poderá dizer que roubei de você.”
34 “Está
certo,” disse Labão. “Está feito o trato.”
35,36 Mas
naquele mesmo dia, Labão separou e deu aos filhos dele todos os
bodes e cabras que tinham pintas ou listas na pele, e todos os carneiros
e ovelhas pretos. Deu todos esses animais aos filhos dele. Depois mandou
os filhos levarem as cabras pintadas e listadas e as ovelhas pretas para
bem longe – a três dias de distância. E Jacó ficou tomando
conta dos rebanhos restantes de Labão.
37 Então
Jacó pegou varas verdes de vários tipos de árvores
– álamo, aveleira e plátano. De cada vara tirou fitas de
casca, fazendo aparecer a brancura da madeira. Assim as varas ficaram cheias
de listas claras.
38 Jacó pôs
as varas perto das águas, nos lugares onde os animais costumavam
beber. Colocou de modo que, ao beber água, os animais pudessem ver
as varas. Jacó vez isso porque os animais se cruzavam ali.
39 E aconteceu isso
mesmo. Os animais se cruzaram vendo as varas, e os filhotes nasceram pintados
ou listados.
40 Jacó foi
separando os animais a que tinha direito. Não deixou que se misturassem
com os de Labão. Mas dirigiu as coisas de modo que as fêmeas
do rebanho dele fossem cobertas pelos machos pretos de Labão.
41,42 Jacó
não ficou nisso! Ele só colocava as varas listadas quando
as fêmeas eram fortes! Quando eram fracas, não colocava. Resultado:
os animais fortes eram de Jacó, e os fracos eram de Labão!
43 Assim os rebanhos
de Jacó cresceram depressa. O homem ficou rico, possuindo rebanhos
enormes, e muitos criados, criadas, camelos e jumentos.