Antígeno Carbohidrato 19-9, como o CEA, foi inicialmente achado em
pacientes com câncer de pâncreas, fígado e estômago. Pesquisadores
descobriram que naqueles que têm câncer de pâncreas, níveis mais altos
de CA 19-9 estão associados com a doença mais avançada. É indicado como
MT do trato gastrointestinal: em câncer de pâncreas e trato biliar como
primeira escolha e no colorretal como segunda escolha. O CA 19-9 é um
carboidrato relacionado ao grupo sanguíneo Lewis. Cerca de 5% da
população é Le (a-b-), ou seja, incapaz de expressar CA 19-9. O valor
de referência é até 37 U/ml.
A sensibilidade é variável com a localização do tumor: pâncreas 70-94%,
vesícula biliar 60-79%, hepatocelular 30-50%, gástrico 40-60% e
colorretal 30-40%. Em menor frequência também positiva-se em câncer de
mama, de pulmão e de cabeça e pescoço. Algumas doenças como cirrose
hepática, pancreatite, doença inflamatória intestinal e doenças
autoimunes podem elevar o CA 19-9, sem ultrapassar 120 U/ml. Entre
doadores de sangue 99% tem CA 19-9 inferior a 37 U/ml. No câncer de
pâncreas, o CA 19-9 tem especificidade de 81-94%. É útil no diagnóstico
diferencial, avaliação prognóstica e monitoração terapêutica.
Diagnóstico diferencial entre câncer de pâncreas e pancreatite: há
aumento de CA 19-9 em cerca de 90% dos casos de câncer de pâncreas
enquanto nas pancreatites crônicas de 4-10% e nas pancreatites agudas,
23% (24,26). Valores superiores a 120 U/ml são encontrados em 73% dos
casos de câncer de pâncreas e apenas em 6% das pancreatites (27). Em
estudo comparativo entre CA 19-9, ultrassonografia e tomografia
computadorizada considerando-se resultados corretos versus resultados
incorretos ou inconclusivos não há diferença estatística entre eles,
sobressaindo-se apenas a biópsia por agulha fina guiada por tomografia
computadorizada (22). Prognóstico: boa correlação com o
estadiamento,sendo que 87% dos Ca irressecáveis têm CA 19-9 >370
U/ml e 35%, >1000 U/ml (1). Monitoração terapêutica: deve ser
realizado seriadamente após tratamento cirurgico; em recidiva, eleva-se
até 6 meses antes da presença de achados clínicos ou a tomografia
computadorizada (2).
É uma muciglicoproteína associada a tumor, cujo peso molecular varia de
200 a 1000 kd. Níveis elevados de CA 19-9 (> 37 U/ml) são
encontrados em pacientes com uma variedade de tumores, principalmente
câncer de pâncreas (72% a 79%), de vias biliares (67% a 73%), de
estômago (42% a 62%) e colo-retais (19% a 41%). Menos freqüentemente
são observados níveis elevados em tumores não primários do trato
gastrointestinal (6%) e em doenças não malignas, como pancreatites e
doenças hepáticas. Os níveis de CA 19-9 declinam após ressecção
curativa em pacientes com carcinoma de pâncreas estágio I e sua
elevação pode preceder a recidiva clínica da neoplasia por período que
varia de 3 a 9 meses. Os níveis de CA 19-9 se correlacionam com a
resposta terapêutica e progressão do tumor. O CA 19-9 é uma
muciglicoproteína idêntica em estrutura com antígeno Lewis A, e a
expressão do CA 19-9 depende da expressão do antígeno Lewis. O CA 19-9
é encontrado nas pancreatites agudas e crônicas, na doença hepática
benigna, no câncer de pâncreas e outras patologias malignas. Sua maior
indicação está no acompanhamento do carcinoma de pâncreas. As
diminuições dos valores séricos depois de ressecção cirúrgica
demonstram que essas foram eficazes, e a avaliação periódica prevê a
recorrência 3 a 9 meses antes de sintomas clínicos aparecerem.