Enolase Neuro-Específica (NSE) tem sido detectada em pacientes com
neuroblastoma, câncer de pulmão tipo microcelular, câncer medular de
tiróide, tumores carcinóides, tumores endócrinos pancreáticos e
melanoma. Contudo, estudos do NSE como marcador tumoral tem se
concentrado primariamente em pacientes com neuroblastoma e câncer de
pulmão tipo microcelular. A medição do nível do NSE em pacientes com
essas duas doenças podem prover informações sobre a extensão da doença
e o prognóstico do paciente, bem como a resposta do paciente ao
tratamento.
NSE é uma enzima glicolítica encontrada em tecido neuronal e nas
células do sistema neuroendócrino. É encontrada em tumores de origem
neuroendócrina, incluindo câncer de pulmão de pequenas células,
neuroblastoma, feocromocitoma, melanoma, carcinoma medular da tireóide,
tumor carcinóide e tumores do pâncreas endócrino. A sensibilidade da
NSE em câncer de pulmão de pequenas células é de 80%. A especificidade
é de pelo menos 80% a 90%. Seu valor para detecção de recidiva não está
comprovado. NSE parece útil no monitoramento de quimioterapia. Seu uso
em imuno-histoquímica pode auxiliar no diagnóstico diferencial entre
carcinoma de pulmão de pequenas células e outros tipos histológico de
câncer. Entre crianças com neuroblastoma avançado, níveis séricos
elevados de NSE têm sido relatados em mais de 90% dos casos. Níveis
mais elevados estão associados com prognóstico reservado. Os níveis
parecem se correlacionar com o estágio da doença e são de utilidade
prognóstica.
A NSE (enolase neurônio-específica), na sua forma gama, está elevada
nos soros dos pacientes com neuroblastoma, carcinoma pulmonar de
pequenas células, melanoma, carcinoma de células da ilhota pancreática
e hipernefroma. No neuroblastoma, o NSE se correlaciona com o
prognóstico, mas não é útil para o acompanhamento das recidivas. O uso
primário de NSE está no carcinoma pulmonar de pequenas células. Cerca
de 70% desses pacientes apresenta níveis altos de NSE. O NSE pode ser
usado para monitorar os efeitos da terapia e a avaliação de recaídas
antes das evidências clínicas.