A proteína chamada Fosfatase Ácido Prostática (PAP)
foi inicialmente descoberta na próstata, mas foi achada mais tarde numa
variedade de tecidos. Contudo, a PAP está presente apenas em pequenas
quantidades no sangue. Os níveis de PAP no sangue são elevados em
alguns pacientes com câncer de próstata, a maioria dos quais têm a
doença avançada; sendo elevada apenas algumas vezes em pacientes no
estágio inicial da doença. Níveis elevados de PAP também estão
associados com outros tipos de câncer, incluindo mieloma múltiplo,
sarcoma osteogênico (osso), e câncers que tenham se espalhado para o
osso. Embora a PAP seja produzida primariamente pela próstata, ela é
também encontrada em eritrócitos, plaquetas, leucócitos, medula óssea,
osso, fígado, baço, rim e intestino. Esta enzima foi inicialmente
utilizada como marcador tumoral por Gutman e colaboradores, em l938.
Tem sido utilizada no estadiamento do câncer de próstata,
correlacionando-se com o prognóstico, e no monitoramento do tratamento.
Níveis séricos elevados podem ser também observados na hipertrofia
prostática benigna (HPB), osteoporose, hiperparatiroidismo, além de
outras condições malignas como osteossarcoma, mieloma múltiplo e
metástases ósseas de outros tumores. Atualmente o uso clínico da PAP
vem sendo substituído pela aplicação do PSA.. Embora a PAP não seja
sensível o bastante para triagem ou detecção precoce do câncer, ela é
ainda útil para o estadiamento do câncer de próstata, porque um nível
elevado de PAP está geralmente associado com doença metastática (80% -
90%).
É menos provável que PAP esteja elevada em HPB que PSA.
Atualmente, o método de escolha para PAP é a medida de sua atividade
enzimática. Os níveis de fosfatase ácida podem estar alterados em
pacientes com carcinoma de próstata. Os que se encontram confinados
dentro da cápsula normalmente apresentam níveis normais; já nos casos
com metástases, mais da metade dos pacientes apresenta níveis elevados.
Níveis alterados podem ser observados em pacientes com hipertrofia
benigna de próstata, retenção urinária de monta e após manipulação
prostática. A fração não-prostática encontra-se elevada em condições em
que existe um hipermetabolismo ósseo, como nas metástases ósseas no
câncer de mama, pulmão, tireóide, mielomas e em situações de grande
destruição de eritrócitos e de plaquetas em patologias hematológicas
malignas.