Trombetas
1 de Tishrei
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É o preâmbulo da festa das cabanas, lembrando-se
das coisas
que aconteceram, fazendo ofertas a Deus, ao som de instrumentos de
sopro. |
Dia do Perdão
10 de Tishrei
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Arrependimento e tristeza pelo pecado.
Limpeza, deixando para
trás aquilo que foi causa de arrependimento, preparando um novo
ciclo, a novidade de vida que pulsa com a precessão dos equinócios,
festejada a seguir com Cabanas. |
(fonte ignorada)
O ano agrícola judaico se encerrava com
a grande
Festa dos Tabernáculos (em hebraico: Hag Sucot). Logo após
o verão, entre os meses de setembro a outubro, os israelitas se
dirigiam para Jerusalém para as grandes festas de outono (Rosh haShaná
["A Festa das Trombetas"], Yom Kipúr ["o Dia das Expiações"]
e Sucot ["a Festa das Cabanas"]), as quais se seguiam uma após a
outra durante o 7º mês do calendário judaico.
A Festa das Cabanas se tornou um dos momentos mais felizes do ano
litúrgico
judaico. A antiga literatura judaica (Flávio Josefo, no seu livro
Antiguidades Judaicas, e o Talmude) descreve como era a celebração
dessa festa nos dias do segundo templo em Jerusalém. Multidões
de peregrinos vinham de todas as partes de Israel e do mundo, e
chegavam
a Jerusalém em caravanas coloridas e festivas. Uma vez em Jerusalém,
eles preparavam e habitavam em tendas de ramos ao longo das ruas, no
pátio
do templo, sobre os telhados das casas, nos montes e vales ao redor da
cidade. A cidade de Jerusalém estava toda decorada com ramos de
oliveira, palmas, salgueiros, frutas frescas e flores. Os peregrinos
levam
sempre consigo ramos de palma e murta que agitavam com alegria enquanto
participavam dos serviços religiosos no templo, das orações
e do cântico do Halel, a coleção de salmos de louvor
(Salmos 113-118).
A cerimônia mais marcante da festa era
intitulada
"O Regozijo no Local da Retirada da Água" (em hebraico: Simchat
Beit haShoavá). Durante o ano, a cada dia, após o sacrifício
ter sido queimado, uma oferta de vinho era derramada sobre o altar
(chamada
geralmente de libação). Durante os dias da Festa de Tabernáculos,
além da libação de vinho, era derramada também
uma de água. A cada manhã da festa, os sacerdotes faziam
soar as trombetas, de modo longo e penetrante, aos primeiros raios do
sol.
O povo se despertava então para mais um dia com exclamações
de alegria e júbilo. Os sacerdotes desciam então ao tanque
de Shiloach ("Siloé"), levando consigo um frasco de ouro para enchê-lo
de água, e retornavam ao templo de forma cadenciada e pausada, ao
som das trombetas. Após o sacrifício e de ter entoado o Halel,
os sacerdotes, segurando os ramos e frutos da terra prescritos em
Levítico
23, rodeavam o altar de bronze, o qual estava adornado com ramos
frescos
de salgueiro, e recitavam as palavras do Salmo 118:25: "Oh! Salva-nos,
Senhor, nós Te pedimos!" O sacerdote responsável pelo serviço
do dia subia então a rampa do altar de bronze e derramava a água
do frasco de ouro sobre uma bacia de prata, e vinho sobre uma segunda
bacia.
Na seqüência, de forma simultânea, o conteúdo de
ambas bacias era derramado sobre o altar e todos os presentes irrompiam
em júbilo exclamando: "Eis que o Senhor Deus é a minha força
e o meu cântico.... Vós com alegria tirareis águas
das fontes da salvação" (Isaías 12:2-3). Na tradição
judaica, esta cerimônia comemorava a "Rocha" da qual brotou "água
viva" e que acompanhou os israelitas durante a sua peregrinação
no deserto (ver Êxodo 17:1-7; Números 20:2-13; 21:16-18) e
que era símbolo de Deus e do Messias.
A segunda cerimônia mais marcante da festa ocorria de noite.
Quatro grandes candelabros de sete braços, contendo no topo de cada
braço vários litros de óleo e pavios feitos de vestes
sacerdotais desgastadas, iluminavam toda a área do templo e a cidade
de Jerusalém. Um orquestra tocando flautas, harpas, címbalos
e tambores, acompanhava uma procissão de tochas, na qual havia danças
e grande regozijo entre os peregrinos. Enquanto isto, o coral de
Levitas,
posicionado nas escadarias internas do templo, entoava os "Salmos de
Ascensão"
(Salmos 120-134). Estas cerimônias noturnas eram momentos de grande
alegria e marcavam profundamente o espírito da festa.
A descrição das Festas dos Tabernáculos
na Bíblia Hebraica e nos escritos judaicos nos ajuda a compreender
várias passagens da B'rit Hadashá ("Novo Testamento") que
estão diretamente relacionadas com esta festa, ou que evocam os
temas da mesma. Os capítulos 7-10 da Evangelho de João são
um exemplo disto. João 7:37-38 nos diz que no último dia
de uma Festa dos Tabernáculos, Jesus se levantou perante todos em
Jerusalém e exclamou que Ele era a verdadeira fonte da "água
viva", numa direta referência à cerimônia matutina do
"Regozijo no Local da Retirada da Água". No mesmo dia, Ele também
declarou ser a "luz do mundo" (João 8:12), numa referência
à cerimônia noturna. Em João 9, Ele cura um cego de
nascença como demonstração de ser Ele a luz do mundo
(João 9:5). Jesus lhe aplica lama aos olhos e depois ordena-lhe
que os lave no tanque de Shiloach ("Siloé"), local de onde era retirada
a "água viva" a cada manhã da festa. Assim João 9
une os dois temas (luz e água) apresentados nos capítulos
anteriores. Em João 10, Jesus se apresenta como o "Bom Pastor" e
como a "Porta" (vss. 7, 9) através da qual se entra para a salvação,
numa alusão direta ao Salmo 118:20 ("esta é a porta do Senhor,
por ela entrarão os justos"), o principal salmo que era entoado
ao longo da festa.
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Deuteronômio 16:13-17
Outra celebração, a festa dos Tabernáculos
- será feita durante sete dias, no fim das colheitas, depois
que os cereais tenham sido recolhidos nos celeiros, e que as uvas
tenham
sido espremidas para a fabricação de vinho.
Será alegre ocasião em que você e todos os de
sua casa - incluindo os criados, e também os levitas, os estrangeiros,
as viúvas e os órfãos de sua cidade - festejarão
juntos.
"Esta festa será realizada no santuário edificado
no local que o Senhor escolher. Estes sete dias festivos serão de
alegria e de ação de graças pelas bênçãos
de Deus derramadas sobre Israel - dando colheitas abundantes e
permitindo
sucesso em todos os empreendimentos. Será ocasião de imensa
alegria!"
Três vezes por ano, todo homem de Israel deverá
comparecer
ao santuário, diante do Senhor Nosso Deus, para as seguintes
festas:
A Festa dos Pães sem Fermento (ou Pães Ázimos);
A Festa das Semanas (ou Pentecostes);
A Festa dos Tabernáculos (ou das Tendas de Ramos).
"Nas três ocasiões, levará uma oferta ao Senhor.
Cada um dará o que puder, de acordo com as bênçãos
recebidas. Mas ninguém irá à presença do Senhor
Nosso Deus de mãos vazias.
Deuteronômio 31:10-13
Moisés deu estas ordens da parte do Senhor: "Estas leis
deverão
ser lidas a todo o povo no fim de cada sete anos - justamente no Ano do
Resgate - por ocasião da Festa das Tendas. Nessa ocasião,
todo o Israel comparece à presença do Senhor, no lugar escolhido
por Ele para santuário. "Convoquem e reúnam todos - homens,
mulheres, crianças e os estrangeiros que estiverem nas cidades de
Israel. Todos deverão ouvir e aprender estas leis, para que respeitem
o Senhor Nosso Deus e obedeçam a todos os mandamentos ordenados
por Ele. Façam isso. Assim, os seus filhos - que não conheceram
estas leis - ouvirão e aprenderão a ter respeito pelo Senhor
Nosso Deus todos os dias de vida que Israel tiver na Terra
Prometida."
Levítico 23:33-41
O Senhor mandou Moisés falar ao povo sobre outra festa:
“A Festa das Tendas. É no dia quinze do sétimo mês
hebraico. Quer dizer que a festa é realizada cinco dias depois do
Dia da Expiação – nos últimos dias de setembro ou
começo de outubro. A Festa das Tendas deve durar sete dias.
“No primeiro dia, o povo se reunirá em assembléia
sagrada. Ninguém trabalhará nesse dia. “Em cada um dos sete
dias, serão apresentadas ofertas queimadas ao Senhor. No oitavo
dia será realizada outra assembléia santa, com o oferecimento
de sacrifícios queimados ao Senhor. É dia de reunião
solene. Fica proibido todo trabalho.
“São estas, pois, as festas do Senhor. Festas que devem
ser
realizadas regularmente, todos os anos. São ocasiões de santo
descanso, em que o povo é convocado para assembléia sagrada,
para apresentar ao Senhor ofertas queimadas. As ofertas são de cereais,
de animais sacrificados e de bebidas. Cada coisa no tempo certo. “Todas
estas realizações serão feitas além das ofertas
normais feitas nos outros dias, tanto as ofertas de livre vontade como
as que são feitas para cumprir promessas ou em obediência
à Lei.
“No dia quinze do sétimo mês, ao terminar a colheita,
vocês começarão os sete dias de festa. E tanto no primeiro
dia como no oitavo, terão santo descanso.
“No primeiro dia da festa, peguem galhos carregados de
frutas, folhas
de palmeiras, galhos de árvores de muita folhagem e ramos de chorão.
Façam tendas com os galhos e passem sete dias cheios de alegria
na presença do Senhor.
“Esta festa anual de sete dias é obrigatória para
todas as gerações. Por lei será celebrada no sétimo
mês. |