Gênesis 43
1, 2,
3, 4, 5, 6,
7, 8, 9, 10,
11, 12, 13, 14,
15, 16, 17, 18,
19, 20, 21, 22,
23, 24, 25, 26,
27, 28, 29, 30,
31, 32, 33, 34
1 A FOME continuava,
e cada vez mais grave!
2 Depois algum tempo,
acabou a provisão que os filhos de Israel tinham trazido do Egito.
Disse Jacó a eles: “Vocês precisam ir lá de novo, para
comprar mais mantimento.”
3-5 Disse
Judá: “Não dá, pai! O governador falou de um jeito
que não deixa dúvidas. Ele afirmou: ‘Não adianta nem
querer falar comigo, se o seu irmão menor não vier junto.’
“Por isso, se o senhor resolver deixar Benjamim ir conosco, nós
vamos. Se não, não. Pois, como já disse, o governador
afirmou que não nos receberá, se o nosso irmão mais
novo não for conosco.”
6 “Por que vocês
tinham que falar de Benjamim?” disse Jacó. “Por que me feriram deste
jeito?”
7 “É que o
homem ficou perguntando e perguntando,” disseram eles. “Quis saber tudo
sobre nós e os nossos parentes. Ele perguntou: ‘Seu pai é
vivo? Vocês têm outro irmão?’ – e assim por diante.
Como podíamos adivinhar que ele ia sair com esta exigência:
‘Tragam o seu irmão’?”
8-10 Judá
tornou a falar ao seu pai Israel. Disse ele: “Deixe o rapaz aos meus cuidados.
Sairemos logo para trazer alimentos – para que não morramos de fome,
nem nós, nem o senhor, nem as nossas crianças.
11-14
“Parece que não tenho escolha.” disse Israel.
“Como tem de ser assim, assim será. Mas tratem de levar os melhores
presentes possíveis para aquele homem. Levem dos produtos mais preciosos
deste território. Levem mel, perfumes finos, erva e sementes aromáticas,
goma e amêndoas. “Não esqueçam de levar dinheiro em
dobro. Assim poderão devolver o pagamento da primeira compra e garantir
bem a compra que agora vão fazer. Pode ser que o dinheiro que veio
nos sacos tenha sido posto lá por engano. Levem dinheiro suficiente.
“E levem Benjamim. Preparem tudo depressa, e comecem logo a viagem para
o Egito. “Que o Todo-poderoso Deus derrame graça e misericórdia
sobre vocês, ao encontrarem aquele homem. Para que ele liberte Simeão
e deixe Benjamim voltar com vocês. “Aqui eu fico esperando. E se
tiver que perder meus filhos, que perca!”
15 Os homens pegaram
os presentes e o dinheiro em dobro. Depois dos preparativos, saíram
para o Egito. E Benjamim foi também. Logo que chegaram, foram falar
com o governador José.
16 Quando José
viu que Benjamim estava entre eles, deu ordens ao mordomo da casa dele.
Disse: “Leve estes homens para casa e prepare um grande almoço.
Manda matar umas cabeças de gado para isso. Prepare bem tudo, porque
estes homens vão almoçar comigo hoje, ao meio-dia!”
17 O mordomo obedeceu,
e levou os homens para casa de José.
18 Os filhos de
Israel ficaram com medo, quando viram que estavam na casa do governador
geral do Egito. Diziam uns aos outros: “Estamos aqui por causa do dinheiro
que voltou conosco nos casos de mantimento. Decerto ele vai fazer acusação
contra nós, vai transformar a gente em escravos, e vai confiscar
os nossos jumentos.”
19 Resolveram falar
com o mordomo sobre isso, ali mesmo, à entrada da casa.
20-22
Disseram: “Ah, senhor! Uma vez, viemos comprar
mantimento. Compramos, pagamos e fomos embora. Quando paramos numa hospedaria,
encontramos todo o dinheiro nos sacos de mantimento. Agora estamos aqui
de novos, e trouxemos de volta aquele dinheiro. Isso, além do dinheiro
para comprar mais mantimento. Não sabemos quem colocou o dinheiro
nos sacos.”
23 Mas o mordomo
disse: “Fiquem tranqüilos. Não tenham medo. O Deus de vocês
e dos seus pais é que deu o precioso presente que vocês acharam
nos sacos de cereais. O pagamento que vocês fizeram chegou às
minhas mãos. As contas estão em ordem.” Dizendo isto, o mordomo
soltou Simeão e o levou à presente deles.
24 Depois, fez os
homens entrarem na casa de José. Ofereceu água para se lavarem,
e deu ração aos jumentos.
25 Os filhos de
Jacó se lavaram, e preparam o presente para dar ao governador, quando
ele chegasse em casa. Porque tinham ficado sabendo que José viria
ao meio-dia para almoçar com eles.
26 Quando o dono
da casa chegou, eles deram a ele o presente, e ficaram inclinados diante
dele, com os rostos em terra.
27 José quis
saber como estavam eles, em seguida perguntou: “Vocês me falaram
do seu velho pai. Como vai ele? Ainda vive?”
28 “O seu servidor,
nosso pai, ainda vive, e vai bem,” responderam eles. E tornaram a baixar
a cabeça, continuando inclinados.
29 José dirigiu
atenção para Benjamim, irmão dele por pai e mãe.
Perguntou aos outros: “Vocês me falaram também do seu irmão
mais novo. É este?” E sem esperar resposta, disse a Benjamim: “Deus
o abençoe, meu filho, e lhe dê a graça divina.”
30 Nesse ponto,
José não agüentava mais a emoção. Saiu
às pressas, procurando um lugar para chorar. Estava tremendo por
dentro! Correu para um quarto, e chorou.
31 Depois se lavou
e saiu. Conseguiu dominar as emoções, e mandou servir o almoço.
32 Embora estivessem
à mesma mesa, foram servidos separadamente. Primeiro José,
depois os irmãos dele, e depois os egípcios que estavam almoçando
ali. Porque os egípcios não podiam comer com os hebreus.
Seria uma verdadeira mancha na vida deles, se fizessem isso!
33 José determinou
os melhores lugares – na frente deles – para o irmão mais velho
e para o mais novo. Isto causou certo espanto nos filhos de Israel.
34 Na hora da distribuição
das porções, notaram que a porção dada a Benjamim
era cinco vezes mais do que os outros. O almoço foi alegre. Os irmãos
de José comeram e beberam bem, e passaram bons momentos com ele.