Cintilografia
 
 Cintilografia do Sistema Urinário
 
 1 - Cintilografia Renal Dinâmica (DTPA) 
 
 Radiofármaco: 99mTc-DTPA (ácido dietileno triamino pentaacético) 99mTc-MAG3 (mercapto acetil triglicina) 131I-OIH e 123I-OIH (hippuran) 
 O único preparo necessário é a boa hidratação do paciente. As imagens são adquiridas na incidência posterior de abdómen após a administração endovenosa do radiofármaco. Além do estudo em condições basais, pode ser realizado sob o efeito de diurético (teste de wash-out) ou de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (teste do captopril). 

As imagens mostram o aporte vascular, o acúmulo e a eliminação renal do radiofármaco, assim como sua progressão pelas vias excretoras. A definição de áreas de interesse sobre os rins permite a obtenção de curvas de atividade/tempo (renograma). A cintilografia renal dinâmica apresenta menor exposição à radiação que a urografia excretora e possibilita a quantificação da função renal. 

 O parâmetro funcional analisado depende do radiofármaco empregado: 

O estudo com DTPA avalia a função glomerular, sendo este composto eliminado por fitração glomerular de forma semelhante a inulina, sem que ocorra secreção ou reabsorção tubular. 

O hippuran e o MAG3 são eliminados em proporção direta com o fluxo plasmático renal, cerca de 20% por filtração glomerular e 80% por secreção tubular. O MAG3 oferece menor dose de radiação e melhor qualidade de imagens que o hippuran. 
 
 Aplicações clínicas 

 Hidronefrose: A dilatação de vias excretoras acontece não só em processos obstrutivos, mas também de forma secundária a refluxo, alterações seqüelares ou mesmo congênita. Cintilograficamente a hidronefrose obstrutiva é caracterizada pela estase da urina radiomarcada em vias excretoras, não havendo esvaziamento mesmo após o aumento do fluxo urinário provocado pela administração de diurético. O controle da função renal e do processo obstrutivo também pode ser realizado após intervenções cirúrgicas. 

 Estenose de artéria renal: A cintilografia renal é utilizada na investigação e seguimento da hipertensão renovascular, triando os casos com hipofluxo e déficit funcional para a arteriografia. A sensibilidade do estudo é aumentada para cerca de 85% quando é feita comparação entre um estudo basal e outro realizado após a administração de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (teste do captopril). O captopril leva a redução da pressão de filtração glomerular e consequente queda de filtração glomerular em relação ao estudo basal. O preparo para o teste do captopril inclui, além de boa hidratação, a suspensão de inibidores da enzima de conversão. 

 Determinação cintilográfica do ritmo de filtração glomerular: a porcentagem de captação do DTPA em relação à dose administrada é diretamente proporcional ao ritmo de filtração glomerular, podendo ser realizada aquisição e processamento que possibilitam esta medida de forma quantitativa e em separado para cada rim. 

 Transplante renal: A avaliação do fluxo sanguíneo, função tubular e função glomerular em estudos seriados auxiliam no diagnóstico não invasivo de complicações vasculares, rejeição, necrose tubular aguda ou nefrotoxicidade por ciclosporina. 

 A avaliação cintilográfica complementa com dados funcionais os achados anatômicos de patologias como ectopia e malformações renais, insuficiência renal aguda ou crônica, pielonefrite, glomerulonefrite, trauma e tumores.

 
 
 
 
 
 
 
  
  
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2-Cintilografia Renal Estática (DMSA) 
 
 Radiofármaco: 99mTc-DMSA (ácido dimercapto succínico) 
 Não é necessário preparo. Imagens nas incidências posterior, anterior e oblíquas posteriores são adquiridas de 3 a 6 horas após a administração endovenosa do radiofármaco. 

 O DMSA é captado pela cortical renal, ligando-se a proteínas do túbulo proximal. As imagens permitem a avaliação conjunta da morfologia cortical e função tubular renal. A função relativa de cada rim é calculada com base na porcentagem de atividade retida pelo mesmo. 

 Aplicações clínicas 

 A cintilografia renal estática com DMSA é o método de escolha no diagnóstico por imagem de pielonefrite aguda, detectando precocemente a redução de perfusão e função cortical renal, sendo também utilizada no diagnóstico e acompanhamento da pielonefrite crônica. Pacientes com massas ou pseudomassas renais, hidronefrose, mal-formações e ectopia renal podem também ser avaliados pela cintilografia com DMSA, que traz dados morfológicos e funcionais com baixa dosimetria. A quantificação da captação de cada rim é utilizada como parâmetro de acompanhamento, chegando a auxiliar na decisão de intervenção cirúrgica / nefrectomia em alguns casos.

 
 
  
  
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3 - Cistografia Radioisotópica 
 
 Radiofármaco: 99mTc-Enxofre coloidal 99mTc-pertecnetato de sódio 
 Não é necessário preparo do paciente. O radiofármaco diluído em soro fisiológico é introduzido através de sonda vesical e imagens sequenciais são obtidas na incidência posterior de abdómen durante o enchimento e esvaziamento vesical. 

O método é indicado para o diagnóstico e acompanhamento de pacientes com refluxo vésico-ureteral, com alta sensibilidade e menor exposição a radiação que a uretrocistografia. Em crianças com refluxo já diagnosticado é importante a realização do exame radiológico convencional, para detecção de possíveis alterações anatômicas. 

 Técnica indireta 

 Radiofármaco: 99mTc-DTPA 

 Não é necessário preparo do paciente, apenas boa hidratação. O estudo é realizado após a administração endovenosa do DTPA, aguardando-se o clareamento das vias excretoras e acúmulo vesical do radiofármaco. Por este motivo só pode ser realizado em crianças com bom controle esfincteriano. 

 As imagens sequenciais são adquiridas na incidência posterior de abdómen na fase miccional, detectando a ascenção anômala do radiofármaco pelo ureter. Apesar de apresentar menor sensibilidade que a técnica direta, tem a vantagem de não necessitar de sondagem vesical. 
 
4 - Cintilografia Testicular 
 
 Radiofármaco: Tecnécio-99m (99mTc-pertecnetato de sódio). 
 Não é necessário preparo. Imagens na incidência anterior de bolsa escrotal são adquiridas imediatamente após a admistração endovenosa do radiofármaco. A progressão do tecnécio pelos vasos e demais estruturas da bolsa testicular possibilita a avaliação do fluxo sanguíneo e grau de hiperemia regional, de forma rápida e reprodutível. 

 Aplicações clínicas 

 O diagnóstico diferencial entre torsão testicular aguda e processo inflamatório (epididimite) é clinicamente difícil, porém pode definir condutas que resultam na manutenção ou perda da viabilidade testicular. A cintilografia testicular realiza este diagnóstico com acurácia próxima a 95%, caracterizando-se o processo inflamatório por aumento de fluxo e de captação e a torsão aguda por fluxo e captação normal ou reduzidos. Na fase tardia da torsão pode ser observado área central de hipocaptação (necrose testicular) com halo de hipercaptação correspondendo a hiperemia periférica

 
 
 
  
  
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