Perspectivas
Buscam-se novas aplicações de grandes volumes para glicerina no mundo, e isto provavelmente se dará nos intermediários para plásticos, como o propanodiol - PDO, contudo não são soluções de curto prazo.
O cuidado a ser tomado, juntamente com o desenvolvimento de outros usos, é não usar nos estudos de custos os créditos para glicerina com base nos valores de mercado de hoje.
Mercado - Glicerol
A produção por síntese microbiana predominou até que a síntese química, de subproduto do propileno, avançou em 1950. Agora, com o declínio na produção de polipropileno, as fermentações voltaram a ocupar espaço no mercado. O mercado de volumes e preços oscilou muito na última década.
Entre 1995-2003, os preços oscilaram entre US$ 1.08/ lb e US$ 0.60/ lb, com tendência, nos últimos anos74, para US$ 1.00/ lb.
As aplicações principais hoje são:
Síntese de resinas, ésteres 18%
Aplicações farmacêuticas 7%
Uso em cosméticos 40%
Uso alimentício 24%
Outros 11%
A demanda cresce mais nos mercados de uso pessoal e higiene dental, e alimentos, onde o produto tem maior pureza e valor. Corresponde a 64% do total. Em alimentos, a demanda de glicerina e derivados cresce em 4% ao ano.
Depois de fortes oscilações na década de 90, desde 2000 o mercado para glicerina volta a crescer. Uma grande fonte agora na Europa e nos Estados Unidos é a glicerina proveniente do biodiesel.
Drogas
Cosméticos
Tabaco
Têxteis
Outros
Alimentos e bebidas
Aplicação exclusiva do glicerol: por ser um componente estrutural de lipídeos tem sido utilizado em preparações de molho para salada, coberturas de doces e sobremesas geladas.
Outro mercado muito importante, e exclusivo, que provavelmente vai se desenvolver com a maior oferta de glicerol, é a aplicação deste para a síntese de moléculas de alto valor agregado. Entre estas está o PDO (propanodiol), a partir de fermentação do glicerol, para uso em plásticos. Matéria-Prima do futuro para fermentações de: 1,3 propanodiol e dihidroxiacetona.
Se o glicerol tiver um grande crescimento de oferta com redução de preços em função da produção de biodiesel, e grande parte do mercado de sorbitol for substituído por glicerol nas aplicações de drogas, cosméticos e outros, teríamos uma nova demanda de glicerol estimada em 300 mil t por ano.
Muitas aplicações de sorbitol em alimentos poderão ser substituídas pelo glicerol. Do ponto de vista tecnológico, existem poucas aplicações para as quais a glicerina não entraria no mercado de sorbitol.


A RAZZO
vem se consolidando como um dos maiores fabricantes de Glicerina do
País.
A excelente qualidade da Glicerina RAZZO vem permitindo atender as mais
rígidas especificações de qualidade dos setores farmacêuticos,
cosmético, alimentício, resina entre outros.

pele
do suíno. "Além da própria gelatina, a pele suína
é destinada para a produção de pururuca e emulsões
para embutidos como mortadelas, salsichas, patês e lingüiças",
explica. "A história da gelatina remonta séculos, sendo produzida
a partir de couro bovino e suíno". Segundo Reimann, o principal
destino da gelatina suína produzida pela empresa é para a
confecção de cápsulas e de gomas tipo confeito.
A
exploração do couro suíno pela indústria no
Brasil ainda é muito baixa. Apenas 0,2% do total de animais abatidos
tem a pele destinada para o curtimento. "Não existe um cuidado
diferenciado
nas granjas de suínos para a extração da pele no animal.
Os cuidados da suinocultura moderna visam o suíno como um todo",
diz Rei-mann. "No entanto, o Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (Mapa) impõe algumas exigências para a utilização
da pele do suíno na transformação de gelatina como:
somente são permitidas peles oriundas de frigoríficos com
registro no SIF, cujas carcaças passaram por inspeções
ante e post-mortem; que tenham rastreabilidade dos animais e de suas
etapas
de processamento e que mantenham rotinas de boas práticas de produção",
detalha o presidente. "Além disso, existe um outro fator determinante
para o uso da pele suína na industrialização de gelatina
alimentícia que é o teor de gordura presente no couro do
animal, cujo limite é de 10%".
Processamento
da pele - Durante o abate dos suínos no frigorífico,
as carcaças que terão a pele aproveitada passam por um processo
denominado de esfola (retirada total do couro animal). "Os suínos
passam por todas as etapas usuais de abate como atordoamento, sangria,
escaldamento e depilação, evisceração, divisão
da carcaça, esquartejamento e desossa. A esfola é realizada
no momento em que ocorre o esquartejamento do animal na linha de
processamento",
esclarece Paulo Reimann. Segundo o presidente da Gelita, de uma carcaça
suína normal podem ser retirados, em média, 5,5 kg de pele.
"O preço do quilo da pele suína para fabricação
de gelatina alimentícia gira em torno de R$ 0,95, incluídos
os impostos". 
mundo,
produz no Brasil 22 mil toneladas do produto ao ano, originárias
de pele suína e bovina. "Cerca de 80% da nossa produção
vão para o mercado internacional", revela Paulo Reimann. Segundo
ele, no mercado mundial o crescimento do consumo de gelatina é de
4% ao ano, impulsionado pela crescente demanda da indústria alimentícia
e da indústria farmacêutica. "No Brasil, prevemos um incremento
de 15% no consumo de gelatina animal em 2005, o que significa uma
produção
adicional de 8 mil toneladas". 